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GUARANIS. Fragmentos de uma nação

Por Wilson Fernandes
Publicado em 23/03/2021 | Atualizado em 23/03/2021

Os Guaranis foram um povo que estabeleceu contato com os europeus desde o início da colonização. Sofreram também uma forte influência dos padres jesuítas, que foram diluindo ao longo de décadas a sabedoria e ritos deste povo Indígena. Hoje, aldeados em pequenas porções de terra e já quase sem nenhuma floresta, Os Guaranis quase já não praticam boa parte de sua Cultura, que perdida no tempo, nos dificulta entender o quão rico era o saber Guarani. Vamos aos poucos compartilhar com vocês curiosidades, ritos e crenças.

Indivíduo e Família Curiosidades

  • A criança Guarani se caracteriza pelo notável espírito de independência; 
  • Aos três anos começam a exercitar o manejo de arco e flecha e constroem sua primeira armadilha para aves; 
  • Entre os Nhandevá e M’Byá atam em torno de cada perna da criança uma corda com contas de vidro e anéis de perna de saracura (Aramides saracura) para aprender a andar rápido; 
  • Entre os Kayowá, criavam uma bolsinha cheia de vespas para a criança ser mais ágil; 
  • Kayová e Ñandevá- pata de paca morta em caça nas mãos das meninas. Para colher bem batata, mandioca e cará. 
  • As discussões entre os Guarani são comuns, porém passageiras. 
  • Possuem um chefe religioso; Ñanderú; 
  • Entre os Ñandevá e Kayowá, antigamente o casamento partia da mãe da noiva ou, as vezes, do noivo. Hoje essa decisão vem direta dos jovens interessados no mesmo (Não permitem relações pré nupciais). 
  • Entre os M’Byá, a iniciativa para a vida amorosa é do jovem. Existe uma espécie de matrimônio de prova. Se tudo correr bem com a parceira, o jovem se dirige aos pais da moça para oficializar o matrimônio. 
  • Entre os M’Byá e os Kayowá a mulher se casa por volta dos 14 anos, o homem um pouco mais tarde; entre os Ñandevá, a mulher ao redor dos dezesseis anos e os homens ao redor dos 17 e 18 anos. 
  • Não há registro de casamentos avunculares (Tio materno com a sobrinha) entre os três subgrupos Guarani; 
  • Ñandevá admitem o casamento entre primos; 
  • Kaiowá- exigiam como condição para o casamento que o jovem tivesse o lábio inferior perfurado. Isto provavelmente valia também entre os M’Byá; 
  • Bigamia é rara entre os Ñandevá. Também rara entre os Kaiowá.
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