Os Guaranis foram um povo que estabeleceu contato com os europeus desde o início da colonização. Sofreram também uma forte influência dos padres jesuítas, que foram diluindo ao longo de décadas a sabedoria e ritos deste povo Indígena. Hoje, aldeados em pequenas porções de terra e já quase sem nenhuma floresta, Os Guaranis quase já não praticam boa parte de sua Cultura, que perdida no tempo, nos dificulta entender o quão rico era o saber Guarani. Vamos aos poucos compartilhar com vocês curiosidades, ritos e crenças.
Indivíduo e Família Curiosidades
- A criança Guarani se caracteriza pelo notável espírito de independência;
- Aos três anos começam a exercitar o manejo de arco e flecha e constroem sua primeira armadilha para aves;
- Entre os Nhandevá e M’Byá atam em torno de cada perna da criança uma corda com contas de vidro e anéis de perna de saracura (Aramides saracura) para aprender a andar rápido;
- Entre os Kayowá, criavam uma bolsinha cheia de vespas para a criança ser mais ágil;
- Kayová e Ñandevá- pata de paca morta em caça nas mãos das meninas. Para colher bem batata, mandioca e cará.
- As discussões entre os Guarani são comuns, porém passageiras.
- Possuem um chefe religioso; Ñanderú;
- Entre os Ñandevá e Kayowá, antigamente o casamento partia da mãe da noiva ou, as vezes, do noivo. Hoje essa decisão vem direta dos jovens interessados no mesmo (Não permitem relações pré nupciais).
- Entre os M’Byá, a iniciativa para a vida amorosa é do jovem. Existe uma espécie de matrimônio de prova. Se tudo correr bem com a parceira, o jovem se dirige aos pais da moça para oficializar o matrimônio.
- Entre os M’Byá e os Kayowá a mulher se casa por volta dos 14 anos, o homem um pouco mais tarde; entre os Ñandevá, a mulher ao redor dos dezesseis anos e os homens ao redor dos 17 e 18 anos.
- Não há registro de casamentos avunculares (Tio materno com a sobrinha) entre os três subgrupos Guarani;
- Ñandevá admitem o casamento entre primos;
- Kaiowá- exigiam como condição para o casamento que o jovem tivesse o lábio inferior perfurado. Isto provavelmente valia também entre os M’Byá;
- Bigamia é rara entre os Ñandevá. Também rara entre os Kaiowá.